FLA-FLU EXISTE PARA ATACAR O VASCO
O neologismo “Fla-Flu” surgiu em 1925 quando os jornais estamparam o caráter da Seleção Carioca dos técnicos Joaquim Guimarães, do Flamengo, e Chico Neto, do Fluminense só com os players dos seus clubes, brancos e endinheirados. Pior: a conquista do Campeonato Brasileiro iria consagrar a tese elitista-racial deles, e influenciar a CBD a só convocar brancos para o Campeonato Sul-Americano, em Buenos Aires. Três vascaínos foram excluídos: os analfabetos Paschoal e Torterolli e o goleiro, de cor preta, Nelson “Chofer” (na pele de um torcedor) – o titular em 1923, quando barrou Marcos, do Flu e Kuntz, do Fla.
Tudo para que os brasileiros não fossem chamados de “macaquitos”, como dois anos antes.
Sobre Nelson "Chofer", era taxista e fazia ponto no Engenho de Dentro.
Segundo o jornalista Mario Filho, na viagem de navio da Seleção Brasileira até Montevidéu, para o Campeonato Sul-Americano de 1923, Torterolli e Paschoal procuravam imitar os modos de Fortes, do Fluminense. “Ao fim do jantar chegou uma lavanda. Fortes, de brincadeira, fingiu que ia bebê-la e os dois beberam até não restar uma gota”.
O fato serviu como argumento para a LMDT, segundo a qual seria conflituosa a relação entre os players “bacanas” e os do Vasco. Logo, a CBD iria a acolher a infâmia da liga carioca.
Não é incomum encontrar tricolores com simpatias pelo Flamengo e vice versa, como dois lados de uma só moeda.
Até 1911, havia sócios de ambos. Em 1902, alguns flamenguistas - inclusive o presidente, Virgílio Leite - assinaram a ata de fundação do Fluminense, na Rua Marquês de Abrantes, bairro Flamengo. Em 1905 e 1906, os coirmãos tiveram o mesmo presidente ao mesmo tempo: o ricaço inglês Francis Henry Walter – ele também defendeu os dois como atleta.
O Flu repassou ao Fla o terreno do Morro da Viúva, em 1935. O futebol rubro-negro nasceu na Rua Paysandu, num terreno da família Guinle, tricolor. Inclusive, lá o Flu disputou seu primeiro jogo. Ou seja, flamenguistas ajudaram a fundar o coirmão e tricolores criaram o futebol do Flamengo, capitaneados por Alberto Borgerth, remador do Fla e player do Flu.
O campo arrendado em 1915 pelo Flamengo, na Rua Paysandu, era vizinho ao estádio da Rua Guanabara (Laranjeiras), sendo o primeiro jogo, naturalmente, o confronto entre eles, com seus players e torcedores brancos.
PRECONCEITO
Em 1916, o Vasco estreou na terceira divisão da LMSA e só chegaria à primeira divisão em 1923. Diferentemente do Flamengo, que tinha dado os seus primeiros chutes quatro anos antes, em 1912, na mesma LMSA e diretamente na primeira divisão - graças à interferência do Fluminense, o dono da bola.
Em sua estreia na divisão principal, o Vasco conquistou o título de 1923.
Alarmados e sem provar que os players do Vasco eram profissionais, Flamengo, Fluminense e outros abandonam a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundam a Associação Metropolitana de Esportes Atheticos (AMEA) – mais excludente – presidida pelo ricaço Arnaldo Guinle, presidente do Flu, e não convidam... O campeão!
Para filiar-se, além de menos peso nas votações, teria que eliminar doze atletas. Os clubes da primeira divisão eram multiesportivos. O Vasco só tinha o remo, assim, voltaria às origens no foot-ball, na companhia de Mangueira, Andarahy e Americano.
Recusou, é claro, e os Camisas Negras foram bicampeões, em 1924, na liga abandonada pelos covardes.
O regulamento da AMEA, criada por Fla, Flu e outros, não escancarava a proibição aos players de cor preta, mas incluía artigos que inviabilizavam a presença deles: vivia-se o amadorismo, e os times deveriam ser formados por estudantes ou trabalhadores alfabetizados que não exercessem profissão “subalterna” (soldado, marinheiro, estivador, barbeiro, garçom etc.).
Ao se darem conta de que os públicos nos jogos dos Camisas Negras na LMDT, mesmo sem destaque nos jornais, eram superiores, a AMEA, através do Botafogo, convida o Vasco a se filiar, mesmo com o seu time de “analfabetos”, “pretos” e “trabalhadores”. Continuou proibido de jogar no estádio da Rua Moraes e Silva.
Em 1925, o Vasco sofria mandando jogos em Laranjeiras e na Rua Paysandu, pagando 10% da renda. No primeiro, os sócios ficavam atrás de Nelson Chofer ofendendo-o com palavrões racistas e xenófobos. O fidalgo dizia não ter culpa. Na campo do Flamengo, piorou: os flamenguistas, constatou Mario Filho, sentiam mais raiva dos vascaínos. Nova troca, para o Andarahy, mas já era tarde para ser tricampeão.
Os clubes da zona sul não reconheciam o Vasco – da zona portuária, com torcida mais popular – como um “grande” igual a eles. Foi em resposta a este preconceito que os vascaínos se uniram para viabilizar a construção do Estádio de São Januário, o maior da América do Sul (até 1930), do Brasil (até 1939) e do Rio (até 1950).
Jogadores e torcedores de Flamengo e Fluminense mantinham relações de amizade, se cruzavam no Restaurante Lamas, na Matriz da Glória, na Rua das Laranjeiras. Um só comportamento. “O Flamengo até poderia ter algum preto no remo ou no basquete, jamais no futebol. Os barcos ficam longe, e nas regatas nem é possível reparar a cor da pele dos remadores. No futebol, não”, explica o flamenguista Mario Filho.
Em 1934, o Flamengo protesta contra guarnição vascaína em uma regata e tem o inesperado apoio do Fluminense, que não pratica o remo, mas é filiado à Federação Brasileira das Sociedades de Remo (FBSR), gestora dos esportes aquáticos. Inconformado com a intromissão, o Vasco abandona a FBSR para fundar a Liga Carioca de Remo (LCR) e, também, rompe com a Liga Carioca de Futebol (LCF) com Bangu e São Cristóvão – na crise de 1924, estes ficaram com os ricos – para fundar, junto ao Botafogo, a Federação Metropolitana de Desportos (FMD), profissional e a única na cidade reconhecida pela CBD.
A aliança entre Flamengo e Fluminense é endossada pelo presidente rubro-negro Bastos Padilha. Após uma partida entre os coirmão, o Fla perdeu e parte da diretoria reclamou que as bolas não eram as oficiais. Exigia que Padilha protestasse, mas ele nada fez, porque defendia que a boa relação com Arnaldo Guinle era fundamental para o “projeto Fla-Flu”. Renunciou. Em dias, os revoltosos se acalmaram e o cartola retomou o posto.
FLAPRESS
Em 1935 e 1936, Flamengo e Fluminense estão na LCF; América, Botafogo e Vasco, na FMD, que tem os jogos de maior apelo. De acordo com Mario Filho e Bastos Padilha, as torcidas de Vasco e América eram as maiores da cidade.
Neste contexto de cisão, os coirmãos tinham claro o valor da imprensa na formação da opinião pública. O jornalismo esportivo na capital da República contava com o Rio Sportivo (1926), o Mundo Sportivo (1931) e o Jornal dos Sports (1931) — copia o italiano La Gazzetta dello Sport e o francês L’Auto, impresso em cor de rosa. Em 1936, o flamenguista Mário Filho o compra, com a ajuda de Roberto Marinho, flamenguista de O Globo – o investidor majoritário -, Arnaldo Guinle, presidente do Flu e Bastos Padilha, presidente do Fla.
Com a FlaPress nos primórdios, o Jornal dos Sports, apoiado pela Rádio Continental, começa a promover o “Duelo de Torcidas” nos Fla-Flus. A divulgação é maciça, inédita, na disputa pelas melhores rendas com o Vasco. No primeiro “duelo”, eles protestaram contra a CBD: os diretores de ambos os clubes se vestiram de branco, demostrando união. O presidente do Fla, Bastos Padilha, recebeu uma placa do amigo e presidente do Flu, Alaor Prata.
A expressão “Fla-Flu”, enfim, é propagada no “Duelo de Torcidas”.
Nelson Rodrigues: “O Fla-Flu sem esta abreviação mágica existia desde 1911 ou 12. Até que Mário Filho mudou o nome (...) senhoras, que não sabiam nem quem era a bola, compareciam ao jogo, magnetizadas pelo mito”.
Tentavam manter o Vasco em plano secundário.
A FlaPress nas décadas de 1930 e 1940 – como a AMEA, com a réplica da Carta Histórica, de 1924 – tinha por meta afastá-lo das causas populares relacionando-o apenas aos portugueses, enquanto o Flamengo, com o seu DNA racista, passou a ser identificado como o verdadeiro clube popular. O Fluminense, sua antítese: o preferido dos ricos.
Mario Filho escreveu no Jornal dos Sports, em 1940: “Por que não se tenta apagar o ressentimento entre as torcidas de Vasco e Flamengo?”. Iniciou no Torneio Municipal [os times não atuavam em seus próprios estádios]: no Flu x Botafogo e no Flu x São Cristóvão, em São Januário, os vascaínos aplaudiram os adversários do time tricolor. Mas, quando o Vasco foi à Gávea encarar o Flu, os rubro-negros vaiaram os Camisas Negras. “Desde então, os torcedores do Vasco se veem obrigados a vaiar o Flamengo e vice-versa”.
O “duelo de torcidas” foi relançado com a inauguração do Maracanã. Outra vez, em 1951, a FlaPress tenta fazer do Fla-Flu o clássico mais popular, mas é impossível. Badalado a semana inteira, levou menos público do que o Vasco x Fla (1x2) - como quase sempre –, neste jogo, o rival quebraria a escrita de não bater o Expresso da Vitória desde a final de 1944.
Tempos depois, na decisão do Campeonato Carioca de 1974 – Flamengo 0x0 Vasco - o ex-presidente da República, ditador e flamenguista Emílio Garrastazu Medici encontrava-se na tribuna de honra. Já o presidente do Flamengo, Hélio Mauricio, cardíaco, ouvia pelo rádio, na sede do Fluminense, em Laranjeiras, na companhia do presidente tricolor, Jorge Frias, e correu para o Maracanã após o apito final.
Na semana seguinte, na eleição realizada na Gávea, Hélio Maurício seria reeleito — com o voto de um associado ilustre: Médici.
Em 1986, o flamenguista Marcio
Braga ajudou a derrotar o vascaíno Medrado Dias na eleição à presidência da CBF - a vida inteira combateu o Vasco e teve Eurico Miranda como desafeto. Já a sua relação com
os cartolas do coirmão (e do Botafogo) sempre foi amistosa. Ele e Francisco Horta, ex-presidente do Fluminense, foram amigos
de infância em Copacabana.
EURICO
Frustrados com o bi vascaíno em 1993 e com a boa relação entre Eurico Miranda e Eduardo Vianna, o presidente da FERJ, os coirmãos cooptam o Botafogo na “Liga Carioca”. Querem o Campeonato Carioca sem vínculo com a FERJ, da qual pretendiam se desfiliar – como em 1924... –, mas recuam dissuadidos pela FIFA. A FlaPress os apoia e abre espaços. Um político, em especial, surfa naquela onda de moralismo barato: o então deputado estadual Sergio Cabral Filho (PMDB).
A “Liga Carioca” é ressuscitada em 1997, como sempre para combater o Vasco, por Kleber Leite (Fla), Álvaro Barcellos (Flu) e José Rolim (Bota), presidida por Francisco Horta (ex-Fla-Flu). Esses cartolas entraram em transe profundo quando Eurico se baseou no regulamento para adiar jogos do Campeonato Carioca, se valendo de que o time vascaíno tinha quatro atletas em Seleções Brasileiras (Germano, Edmundo, Felipe e Pedrinho).
Em 1997 e 1998, os membros da “liga”, por chilique, perderam jogos por W.O.
Passaram anos tentando derrubar Eduardo Vianna, o “Caixa d’Água”, da presidência da FERJ e só conseguiram quando este morreu, em 2006. Rubens Lopes assumiu em 2007. Rubinho – até hoje o presidente – para se eternizar tornou-se um aliado dos herdeiros daqueles racistas da AMEA.
FATALIDADES
No primeiro rebaixamento do Vasco à Série B, em 2008, na última rodada do Brasileirão era preciso ganhar do Vitória e torcer por uma combinação de resultados. No Atlético-PR 5x3 Flamengo, a vitória do rival ajudaria, e um empate lhe daria uma vaga na Libertadores. O primeiro gol paranaense foi em uma cabeçada fortíssima de Toró – cria do Flu – no primeiro pau, sem chance de defesa. Gol-contra! O Fla era presa fácil – talvez, devido à pressão da torcida, que, na véspera, tinha pichado os muros da Gávea com ameaças aos jogadores e a Marcio Braga (“Se ganhar morre”) se o Vasco fosse... ajudado.
Os coirmãos tabelaram em 2013, quando a Portuguesa impediu a queda de Flamengo ou Fluminense à Série B do Brasileirão. Na última rodada, a Lusa lançou em campo - no final do segundo tempo - Héverton, irregular - caso inédito: nem o atleta, nem o técnico, diretor ou imprensa se deram conta da infração. Nesta última rodada, dois jogadores irregulares é outro absurdo. Para o Ministério Público-SP, funcionários da Lusa foram subornados. Esta perdeu quatro pontos e foi rebaixada no lugar do Fla, que, um dia antes, cometera o mesmo erro escalando André Santos contra o Cruzeiro. Se nada tivesse ocorrido, o rebaixado seria o Flu – já anunciado nos jornais. Dias depois, foram confirmadas as duas escalações irregulares, e os tricolores festejaram na porta do STJD mais uma virada de mesa.
Antes deste jogo com o Cruzeiro, parte da FlaPress anunciou que André Santos não poderia ser escalado. Pois bem: ele foi e, depois, não se viu nada, em qualquer mídia, sobre o tema. O silêncio só iria acabar quando constatou-se que a Portuguesa cometera – um dia depois – igual infração.
Em 2015, o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo, disse em uma entrevista que a federação devia “levar porrada”. É suspenso dois jogos pelo TJD, inclusive de um Fla-Flu. O Fluminense, solidário, se uniu em protesto contra os juízes da FERJ. Veja que esquisito: os jogadores do time mais favorecido (Fla) do Brasil e do dileto coirmão (Flu), lado a lado, com as bocas cobertas por esparadrapos... em nome da moral! O Flamengo, campeão carioca roubado em 2014, ameaçava até não disputar em 2016.
MARACANÃ
Já governador, Sérgio Cabral anunciou, em 2008, que o Maracanã iria ser privatizado após as obras de “reforma” para a Copa de 2014. Flamengo, Fluminense e CBF tramaram a ocupação, com esta anunciando 70% dos jogos da Seleção Brasileira no estádio. Cinco anos depois, em 2013, os concorrentes da licitação para gerir a “Arena Maracanã” por 35 anos eram o Consórcio Maracanã S/A — vencedor de véspera, imediatamente sublocou a gestão aos coirmãos — e o Complexo Esportivo e Cultural do Rio.
O propósito dos coirmãos é sabotar o Vasco, tomando o estádio para si. A primeira exclusão foi em relação à torcida vascaína, que em 2013 deixou de ter prioridade no lado direito da tribuna para uma torcida menor que a sua.
A demolição do velho Maracanã foi uma bênção para Flamengo e Fluminense: ganharam uma nova arena de R$ 1,2 bilhão, sem gastar um tostão. Muito lucrativa. Mentira oficial: dava prejuízo antes da privatização.
A desculpa dos rivais para terem recusado a gestão compartilhada com o Vasco é que o gramado seria danificado pelo excesso de jogos. É chocante a discriminação aos vascaínos, tratando-os – com a conivência da FlaPress - sem os mesmos direitos ao patrimônio público. Alegaram que com mais de 70 jogos por temporada a grama seria prejudicada – na cabeça deles, é isso: a graminha tem mais valor que o futuro do Vasco.
Incluindo preliminares e outros eventos, o Maracanã abrigou 160 jogos em 1964; 157 em 1965; 211 em 1970; 114 em 1980. Pelé e Garrincha não reclamavam.
Os coirmãos também se recusam, covardemente, a liberar o Maracanã para jogos do Vasco - só apelando à Justiça, algo recorrente nos últimos anos, e sempre com sucesso. O disparate é tanto que contraria itens do contrato de concessão provisória que os enriquece.
Antes de buscar parceiros para a licitação, o Vasco tentou se acertar com Flamengo e Fluminense. Recusaram, é claro. Em O Globo, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, argumentou que Alexandre Campello, ex-presidente do Vasco, em 2019 – não quis a gestão PROVISÓRIA do estádio – e, assim, ele encerrou o assunto para toda a eternidade.
A soberba de Landim, executivo nas firmas do ladrão Eike Batista, é um traço da elite rubro-negra:
“Ninguém aqui está privilegiando ninguém. Não estão entregando a ninguém. O Vasco teve chance de se associar ao Flamengo e ao Fluminense, mas no início de todo esse processo preferiu não se juntar”.
NOTA OFICIAL
“O Vasco da Gama se vê obrigado a esclarecer informações dadas pelo presidente do CR Flamengo, Rodolfo Landim: 1. Não é verdade que o Flamengo ofereceu ao Vasco a oportunidade de participar da gestão do Maracanã neste processo licitatório. O dirigente usa o desinteresse de outra gestão, em 2019, em uma outorga precária de seis meses, para concluir que não queremos administrá-lo. Não diz que, a partir do início de 2021, procuramos CR Flamengo e Fluminense FC com o objetivo de participar na gestão, não sendo possível. OS RIVAIS TÊM ACORDO MÚTUO DE EXCLUSIVIDADE NA GESTÃO DO ESTÁDIO PÚBLICO. 2. Ao criarmos o Consórcio Maracanã para Todos, trouxemos dois gigantes da indústria de administração de arenas. A narrativa de que o Vasco “entrou para melar” é tão surreal que não vale comentário. 3. O Vasco aguarda a nova publicação do Edital de Licitação, uma vez que o processo foi paralisado pelo TCE um dia antes do prazo de entrega das propostas. 4. A narrativa de que a presença das empresas parceiras do Vasco deixará o futebol em segundo plano é mentira. 5. O Vasco é um clube de futebol com 125 anos de história, grande parte construída no Maracanã. O futebol é prioridade. O VASCO REITERA SEU COMPROMISSO DE ABRIR O MARACANÃ A TODOS OS CLUBES E SUAS TORCIDAS, EM CONDIÇÕES IGUAIS. INFELIZMENTE A RECÍPROCA NÃO ESTÁ SENDO VERDADEIRA. O CR Flamengo negou duas vezes em 2022 o direito dos nossos torcedores verem seu time no Maracanã, com justificativas implausíveis. Tivemos nosso pleito acatado por duas instâncias do Judiciário. 6. Ao contrário do que faz parecer, o CR Flamengo tem constantemente infringido cláusulas da Permissão Temporária de Uso do Maracanã. Todos devem utilizá-lo sob as mesmas condições. O Fluminense FC pagava R$ 90 mil por jogo. O Vasco, R$ 250 mil, além de não repassarem a receita de bares e restaurantes, quebrando a igualdade de tratamento. Censuraram a exibição de mensagem institucional: "Desde 1898 o legítimo Club do Povo – Respeito Igualdade Inclusão". 7. Ao contrário do que foi declarado, para participar da gestão do Maracanã oferecemos ao Fluminense FC mandar alguns jogos em São Januário. 8. O Vasco da Gama reitera sua solicitação de que o certame definitivo aconteça o mais rápido possível, com regras claras e transparentes e tenha como norte o melhor para o Estado do Rio de Janeiro, todos os seus clubes e torcedores, sem influências. Não temos dúvidas de que o Consórcio Maracanã para Todos é o mais bem preparado e que, se o resultado for técnico, será o vencedor. 9. Queremos tranquilizar a imensa torcida vascaína: o Vasco da Gama e a 777 Partners utilizarão todos os mecanismos ao nosso alcance para que nossos interesses sejam preservados”.